Aniversário do Thiago Magrelin
Março 2009
Itapira - SP
Querida Ysmarin,
Sinto sua falta. Os dias sem ocê estão cada vez piores. Eu sei que aceitei há muito tempo que jamais a veria dinovo. Mas tá cumplicado. Eu tava levando numa boa só ir atrás do tapete, mas causos recentes me fizerão lembrar doce. Duma forma vivida e dolorida. Por muito pouco eu não matei a benzedeira que me fez ter falsas visões da gente. Mas pra num perde o custume eu vou conta proce oque acunticeu desde a ultima carta qui eu ti mandei. Espero que a Mardita esteja entregando as carta direitinho. Infim.
Eu ajudei o Sordado (que eu descobri que se chama Espeto) a esconder o Tesaum das Bruxas. Eu dei cobertura pra ele de uma forma que ele nem noto minha presença. Fui duma destreza de fazer inveja até mesmo aquele seu primo o Cébolas. Noi vorto da missão sem pobrema e durmimo no nosso curtiço.
Na manhã seguinte nois foi falar com o Nhô Dumas e ele nos disse um montão de coisa que eu não prestei atenção. Tava pensando nocé. No finar entendi que a gente devia ir num bairro de gente aleijada (que só tinham 5 dedos no corpo) e pegar um martelo gigante. Provavelmente era pra usar ele e bater em algum sino gigante e com o baruiu distruir toda a cidade. Isso rearmente num ia fazer farta ninhuma. Jáandei por muito lugar mas essa cidade ganha em podridão de todos os outros.
A gente foi se preparar para essa tarefa. Essa parte também é cunhecida como “faze a fera”. Comprei umas flechas bunitas e continuamos passeando pela cidade até a gente entrar na loja da família do Espeto. Lá o Joãoni incardiu com a irmã dele e começou a correr atrás dela com a pistola na mão (a pistola de causar morte). O Espeto foi impedir uma derramera de sangue besta. O Joãoni disse que ela tinha feito dodói no coração dele, mas ela disse que ele tinha espancado ela (e tinha até marcas pra prova). Os dois eram muito convincentes então naum podi abate nenhum deles. Ta eu sei. Océ num gostaria de ver o matador que eu me tornei. Mas depois doque ficaram com minha família eu num ligo mais pro bicho humano e mato cada um deles do mesmo jeito que mato coelhos, bão, naum do mermo jeito pq coelho eu mato com dó e pra come, humano eu mato sem dó e num como porque num presta nem pra isso.
Infim acabo todo mundo sendo levado pelos guarda de Uruborvis. Eu contei com ois dedinhos de prosa oque tinha aconetecido e graças a minha versão todo mundo foi sorto. Ah! Eu já ia esquecendo, outro carrapicho grudou no grupo. Era um rapaz bem vestido que apesar da idade ficava andando pra lá e praca com um hominho de lata que ele ficava chamando de Bof. Quem sabe na próxima escritura eu lembro da graça dele.
Intão, dispois disso a gente foi finarmente pro bairro dos Aleijados. Entramo sem pobrema no lugar. Andamos atrás da entrada de uma igreja que tinha desbarrancado na água. Mas antes dessa entrada uma benzedeira banguela me chamo dizendo que tinha resposta pra minha aflição. Dei dois dedinho de prosa com ela em particular e ela me fez tomar uma mistura bizarra. Eu tava cum sede então bebi a iguaria. E isso me fez sonhar com océ e com a morte da mardita. Um bebe num berço e mais um monte de birutice. Acordei com sangue nos óio e pur porco num matei a veia. Sai, fui pro grupo e mandei a gente ir logo. Descontei parte da minha raiva no meio do caminho. Dois marginar tavam abusando dum mocó. Matei eles sm dó com flechadas na nuca. Mandei o mocó ir embora e matei ele também por pura mardade. E ninguém do meu grupo falou nada! Nessa hora eu percebi que eles eram transtornados com eu ou eram simplesmente carniceiros sem coração. O pior que eles dizem fazer oque fazem para sarva a cidade. Infim, siguimo em frente, ou melhor, pra baixo porque incontramo a igreja afundada.
Nela nóis virmo muita água no chão (a mais limpa que eu tinha visto até o momento ).
Enquanto a quadrilha ia vasculhando o locar eu aproveitei e lavei minha roupa.
Deve ficar bom quando secar porque tudo já passou, estou abrigado mas minha roupa continua molhada e fidida.
Na igreja num tinha nada dimais. Encontrei alguns cadáveres e percebi que nesse lugar acunticia muita porca vergonha. Era uma igreja mardita! Não to te chamando cachorra! Sai sai!! Oh diaba carente! Infim, a gente continuo procurando e achamo o martelo em uma cova de gigante. Quando o Bof tentou pegar o martelo ele foi esmagado pela ferramenta. E o esqueleto gigante se ergueu com o martelo tentando prega nóis! Jõani ficou tentando lutar enquanto o cara novo e o Espeto fugiram. Joãni quase morreu por conta disso. Num sei oque me deu na hora, mas resorvi sair de minha posição segura e ajudar ele com minha espada (já que minhas flechas eram inúteis no ossudo. O bicho era rápido mas naum conseguia me acertar. Felizmente ele explodia quando eu acertava ele cum minha espada. Hora explodia com fogo ou com gelo. Ossudo estranho esse!
No final derrotamo ele e com bruxaria o Cara Novo fez o martelo levitar do lado dele em cima de um disco invisirve. Ai eu precebi que o Cara Novo era bruxo! Agora fazia sintido as esprosão dó ossudo!
Com o martelo a gente deixou a favela e seguimo viagem. Depois eu continuo.
Agora é hora de tirar carrapato das costas da Mardita. Eu te amo Ysmarin. Espero que esteja tudo bem com oce! Do seu pra sempre e sempre Tedy.
Neste segundo livro da série A Torre Negra, o homem de preto revela a Roland, por meio de um baralho de tarôt, quais são as pessoas que ele deverá escolher para ajudá-lo a encontrar a Torre Negra: o Prisioneiro, a Dama das Sombras e a Morte. Roland segue o seu caminho e quando chega à praia, onde é atacado, ocasionalmente, pelos lagostosidades (seres cuja forma é semelhante à das lagostas) encontra três portas que o levam do Mundo Médio para três épocas diferentes da cidade de Nova Iorque do nosso mundo. A primeira porta leva-o ao ano de 1987 quando Eddie Dean, viciado em heroína, está a tentar entrar em Manhattan com um quilo de cocaína para Enrico Balazar, um mafioso. Antes de poder salvá-lo Roland terá de ajudá-lo a passar a alfândega. A segunda porta leva-o até à década de 60 e à Dama das Sombras. Ela é Odetta Holmes, uma deficiente física que luta pelos direitos civis dos negros e que tem duas personalidades,uma boa e outra má, e é conhecida por Susannah Dean. Pela terceira porta ele entra em 1977 e encontra Jack Mort, a Morte.
No inicio da criação Avitae e Virtue se uniram e da união surgiu nosso universo. O primeiro planeta a ser criado foi Zênite, mas ele só teve almas guerreando quando as almas primitivas de todos os mundos começaram a morrer e fazer a transição em Zênite antes de reencarnarem novamente e voltarem para seus mundos de origem.
O Primeiro planeta a ter formas almas evoluidas foi Paradísia. Seus habitantes eram bondosos humanóides identicos a humanos, exceto pelas suas asas de anjo e se chamavam Celestiais. Em todos os aspectos Paradísia era identica ao nosso planeta, mas com o tempo os habitantes foram evoluindo sob forte influencia de Virtue. Para enfrentar essa evolução Avitae influênciou o surgimento de uma raça desperta chamada Morgon que iria contra os Celestiais. Infelizmente, por serem despertos, os Morgons morriam e reencarnavam em Ezílio, tornando assim inutil o fato deles terem sido criados. Atualmente esse mundo possui apenas Celestiais que vivem em paz e harmonia.
O Segundo planeta a ter formas de vida inteligentes e com almas evoluídas foi Mekanus, que evoluiu de entidades orgânicas para tecno-orgânicas ignorando totalmente o lado espiritual. Sabe-se que os primeiros habitantes de Mekanus eram nativos banidos de Paradísia através de um portal que ligava esses dois mundos.
Ezílio foi o terceiro mundo a ter almas evoluidas. Surgiram quando os primeiros Morgons apareceram em Paradísia. Em retaliação aos primeiros seres despertos Virtue criou esse mundo para aprisiona-los eternamente longe da Guerra de Zênite. Eles eram criaturas despertas que rapidamente foram mortas em uma guerra contra os Celestiais de Paradísia. Suas almas foram as primeiras a reencarnar no planeta prisão Ezílio. E atualmente são a raça mais temida do mundo da guerra eterna.
O mundo de Espelho ganhou suas almas evoluídas quando a única criatura, Adrex, o primeiro e mais poderosoMorgon, conseguiu escapar de Ezílio através de um pacto com um Avatar de Avitae. Ele chegou no mundo desolado e plantou uma semente de Avitae que gerou o Grande Confluxo. Mas logo depois ele foi absorvido pelo proprio Confluxo e devido a isso as criaturas de Espelho possuem aparência bizarra que reflete a instabilidade da mente de Adrex.O Próximo a evoluir suas almas foi Cretar (AINDA DESENVOLVENDO ESSE MUNDO)
Para equilibrar a vantagem que Virtue tinha em possuir um planeta inteiro de almas virtuosas, Avitae germinou em Orbia uma raça a sua imagem e semelhança. Um mundo de criaturas demoniacas, maldosas e crueis que quando morriam seguiam totalmente o seu lado na guerra em Zênite.
Em Esmeral as almas evoluiram logo a seguir graças aos cristais de mana que formavam a estrutura total do planeta. Os primeiro foram os Manaris e logo em seguida vieram os Kafas. Toda a magia do universo é oriunda desse mundo.
Mítica surgiu quando o primeiro Manar, utilizando de um portal já extinto, pisou no planeta. Devido a solidão ele voltou a sua forma bruta de cristal. Conforme sua presença espalhava mana pelo planeta outras formas de vida foram surgindo como dragões e outros seres fantásticos. Depois que o mundo já tinha várias formas de vida inteligentes ele resolveu criar outros semelhantes a ele. Assim surgiram os primeiros Eternos e esse Manar se autoclamou Primus.
Teruna surgiu quando os primeiros eternos de Mítica foram banidos para esse mundo. Eles criaram todas as outras raças e se autoproclamaram os Deuses do mundo.
Téris foi o próximo a ter criaturas com almas evoluidas. Essas criaturas se chamavam Weporis e graças a um Deus Caido de Teruna eles conseguiram uma fonte de Mana. Esse Deus-Eterno-Manar adormecido nunca ficou consciente e ficou apenas na forma primordial de cristal de mana. Conhecido pelos Weporis como Fonte dos Sonhos. Eles o usavam para criar sonhos para as almas que iam para Oníria. A razão para fazerem isso é um mistério.
Os dois últimos mundos a terem almas evoluídas foram o nosso e Oníria. Oníria era o planeta para onde convergiam todas as energias espirituais de todos os seres do universo. Essas energias convergem quando os seres sonhavam e suas almas deixavam seus mundos de origem e vinham para cá. No começo os sonhos eram vazios e sem graça, mas isso mudou graças a interferência dos Weporis. Nesse mundo de energia pura nasceu Crença. E atualmente nele vivem criaturas de sonhos, lendas e crednices encarnadas como deuses mitológicos, criaturas lendárias, etc.
Os primeiros seres humanos apareceram em nosso mundo quando um habitante de orbia e outro de paradísia se encontraram e procriaram. A Terra é o único planeta do universo que possuia portais que o liga com todos os outros mundos. Por isso ele é o planeta que mais sofre influencias externas. A magia na Terra veio de um manar que migrou para cá e morreu. Criaturas mitológicas vieram migradas de teruna e mítica. Os deuses antigos eram Eternos Banidos de Mítica. Nossos sonhos são obra dos artificies Weporis (que também são responsáveis pelas criações dos artefatos Entais).
Em resumo tudo está conectado no Universo de Artuen e nada acontece por acaso.
Autor : Stephen King
A Torre Negra Volume 1: O Pistoleiro (The Gunslinger), Stephen King. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2004, 221 páginas. Tradução de Mário Molina. Capa de Igor Machado.
A crítica brasileira está devendo uma avaliação da série de Stephen King, "A Torre Negra", depois que a Objetiva concluiu sua publicação em 2007 com o lançamento do sétimo volume.
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O primeiro livro, O Pistoleiro, é um fix-up de histórias originalmente publicadas na revista americana The Magazine of Fantasy and Science Fiction na década de 1970 e 80. É o único livro da série com esse formato - e o mais breve de todos. Em 1978, quando foi publicada a primeira história, King ainda não possuía uma idéia clara da direção que a série iria tomar; ao terminá-la, ele retornou ao primeiro volume e revisou o texto a partir daquilo que havia aprendido, ao escrever os sete livros. É a segunda edição revista e levemente ampliada, esta que a Editora Objetiva trouxe para os leitores brasileiros.
A inspiração para a série veio de fontes diversas: o poema "Childe Roland to the Dark Tower Came", do poeta inglês Robert Browning (1812-1889), certamente forneceu o mote, mas na introdução King registra o seu desejo de escrever, depois de ter lido O Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien, uma espécie de fantasia ambientada num mundo secundário de cores menos medievais e mais associadas ao western. A inspiração teria vindo após ele assistir um filme de Sergio Leone, o mestre dos western-spaghetti. (Ele não apenas cumpriu o seu objetivo com "A Torre Negra", mas também com o seu magnus-opus, A Dança da Morte, de 1978).
O protagonista é Roland Deschain, o último membro de uma aristocracia guerreira extinta. Ele aparece caminhando no deserto, onde encontra um homem que tem um corvo de estimação, e conta a ele como veio parar ali. Sua última parada fora o vilarejo de Tull, onde ele tomara Alice, co-proprietária do saloon local, como amante. Roland está no trilha do homem de negro, uma misteriosa figura que fora responsável pela derrocada da sociedade dos pistoleiros. De passagem por Tull, o homem de negro ressuscitou um vagabundo e deixou a pastora da igreja do vilarejo impregnada - no literal e no figurado - pela mistificação de que ele é capaz de impor às pessoas.
Tull é descrita como um lugar de vício e desespero - dentro daquela estética cínica, esquálida e ríspida do western-spaghetti. No funeral interrompido pelo homem de negro, ensaiava-se uma orgia. Despeito, incesto, violência gratuita e velhas cicatrizes são apontados ou sugeridos a todo instante. Todos recebem mal o Pistoleiro e suas moedas de ouro. O ex-amante de Alice tenta matá-lo. Enfim, incitados pela obesa Sylvia Pittston, a pastora (e uma espécie de arquétipo feminino violento que King evocaria também no romance Mysery), todos também tentam matá-lo, forçando-o a abrir caminho com seus dois revólveres.
Roland aqui é como Clint Eastwood no filme O Estranho sem Nome (1972), e ele abandona Tull como nada menos que um assassino em massa. A seqüência do tiroteio é vertiginosa e implacável, terrível realmente.
No segundo capítulo (ou segunda história do fix-up) o exausto Roland encontra um posto de parada abandonado, com um menino solitário vivendo ali - Jake Chambers, um garoto que fora morto pelo homem de negro nas ruas de Manhattan da década de 1970. No primeiro capítulo já apareciam indicações de que o mundo do Pistoleiro não é apenas um mundo secundário, mas também uma espécie de espaço do pós-morte. Esse espaço funciona, ao mesmo tempo, como um universo paralelo ao nosso em que elementos da nossa vida contemporânea parecem "vazar" para o árido mundo de Roland - todo mundo, por exemplo, parece adorar a balada "Hey Jude", dos Beatles (não se escapa deles nem no outro mundo)... Ali, Jake começa rapidamente a perder a memória de sua vida anterior, enquanto o Pistoleiro lhe conta histórias de sua juventude na fortaleza do clã Gilead.
Roland se afeiçoa prontamente a Jake, e aos poucos o leitor vai compreendendo que ele possui uma consciência - só não sabe bem o que fazer com ela.
Ele é atacado por um fantasma no porão do posto, enquanto Jake é seduzido por um súcubo/oráculo em um terreno antigo ali perto, sendo salvo por Roland no último instante. Do oráculo o Pistoleiro fica sabendo que para enfrentar o homem de negro e chegar à Torre ele precisará reunir três pessoas e formar uma fellowship como em O Senhor dos Anéis. Esses encontros com o sobrenatural, embora mantenham a estranha dicção que King dá ao seu mundo secundário, lembram episódios semelhantes escritos por Robert E. Howard ou H. P. Lovecraft - fornecendo uma ligação com a weird fiction de outrora.
Sempre na pista do elusivo homem de negro, Roland e Jake formam uma pareceria, mas cedo o menino compreende que não pode confiar no seu companheiro. O próprio Pistoleiro dá a entender que o sacrificaria prontamente se fosse necessário, e para ilustrar conta uma narrativa de sua iniciação como pistoleiro, sacrificando seu falcão para vencer uma luta contra Cort, o treinador de pistoleiros dos Gilead.
Juntos, homem e menino se metem num uma espécie de metrô abandonado (exemplos de um passado tecnológico avançado aparecem com freqüência em vários momentos), onde enfrentam grotescos mutantes, até divisarem a figura do homem de negro, no fim do túnel.
O romance fecha com um diálogo bastante enigmático, quase uma parábola como aquelas nos fechos de vários romances de Cormac McCarthy, em que o homem de negro dá a Roland (e ao leitor), um tênue vislumbre do que está em jogo: e não é nada menos do que o destino de todos os universos, o nosso inclusive, de algum modo determinado pelo destino da Torre. Nisso "A Torre Negra" se configura como uma das obras mais ambiciosas do autor.
Em O Pistoleiro King cria um universo ficcional áspero e violento, uma mistura de fantasia, ficção científica e western, e nisso fica clara a sua posição de precursor da atual corrente new weird. A atmosfera é a de um sonho ou pesadelo, seu estilo é bem diferente do dos outros livros de King - enigmático, elíptico, mas entremeado de detalhes específicos que ajudam a situar o leitor nesse mundo de desespero, dor e desengano. O palco que ele prepara para o que virá nos volumes seguintes é apenas um esboço de situações e paisagens. O principal é a caracterização de Roland como um perseguidor implacável e matador instintivo, que não medirá esforços ou sacrifícios, para realizar a sua missão.
Um herói incomum, se pensarmos que ele se coloca como a única oposição à entropia total de tudo o que jamais existiu.
Querida Ysmarin,
E não é que eu me meti em outra confusão? Lá estávamos nóis na Igreja atrás do tal de Seu Dumas quando um monte de guarda da cidade atocaio a gente. Mas errepente um deles resorveu mata um amigo e o capitão deles mandou a gente embora rocurar o tal padre nos calabouços onde ele tava sendo torturado. Na hora pensei: Puxa vida! Esse padre deve ter desviado dinheiro da cestinha de domingo. Mas ai o Inhô eustrume disso pra nóis que a cidade tava dominada por um antigo rei que tinha vortado. Achei bem engraçado sabe? Como que um rei antigo volta, domina uma idade dessa largura e o rei novo num faz nada pra acabar com isso? Bem, eu num sou rei entaum naum devo entender dessas coisas de política mesmo. Ai o Reustrume me disse que esse tal de rei deposto podia ameaçar todo o país e a até a terra dos erfo. Num sei se isso é verdadi mas di qualquer forma eu sugeri atocaiar esse desenbestado. Mas ninguém sabe onde ta esse homi. Eu me ofereci pra achar ele, afinar eu sou capaz de achar qualquer caça quando ela anda com as duas pernas, caga e mija. O Reustrume preocupado com a espada que a gente tava carregando preferiu que a gente resgatasse o Padre pois ele podia nos dizer oque fazer com a espada ardita. To falando da espada Mardita. Xó! Sai! Não é hora de eu te dar comida cadela purguenta! Bom, como eu ia dizendo nossa tarefa era ir salvar o Padre.
Fui junto por dois motivu du bão. O primeiro era verificar se meu tapete num tava nesses tal de calabouço e o segundo era, hummm, bom, nenhum motivo é mais importante que o tapete, e como eu já procurei por ele em todos os locais lógicos não custa continuar procurando nos ilógicos. Mesmo que isso custe todos os meus miolos no processo.
Para entrar no calabouço e sarva o Padre a gente pegou um barquinho, seguiu pelo rio podre da cidade de Uruborvis (me falaram que era Corvis, mas o lugar fede que nem um lixão, então usar um urubu no nome combina mais). Um canal nos levou até a grade de um largo cano de esgoto. Entramos arrancando a grade e caminhamos no lugar apodrecido que conseguia feder mais que os peido da tia Joaquina Repolho. Caminhando pelo esgoto batutei que seria muito mais inteligente eles fazerem canos que não permitissem que pessoas entrassem por eles e invadissem um lugar onde pessoas são presas. Mai enfim, eu num sou nenhum fazedô de esgoto intaum minha opinião num vale mermo.
Numa trifurcação nosso guia (um dos sordados de Reustrume cujo nome ainda num
marquei) disse que o mapa era pra direita. Mas preferi ir pra esquerda afinal o tapete podia estar lá né. Dei uma corridinha pra num atrasar o Soldado e o Joãoni (esse tava mais mau humorado que de custume ). Mas o chão tava mais liso que chão de fábrica de sabão e eu acabei derrapando e caindo dentro de uma fossa cheia de dejetos e esqueletos humanos. Ainda bem que meus amigos escutaram meu grito de: Ai lasquera! Cai na bosta! E vieram me ajudar. Me tiraram da merda e começaram a me encarar como se tivesse um monstro gigante atrás de mim saindo da fossa.
__ Tem um monstro gigante assustado atrás de mim né? – disse eu.
__ Isso mesmo... – disse Joãoni antes de começar a botar o café da manhã pra fora.
O bicho devia ser feio mesmo. Pra ficar longe dele eu escorreguei de barriga pra longe. Quando me levantei para alveja-lo vi porque o Joãoni vomitou e fiz o mesmo por acidente em cima da Mardita que fielmente tava do meu lado. Passando o nojo me recompus e comecei a atirar na criatura que mais parecia uma catota gigante de nariz cheia de tentáculos de ranho. Um desse tentáculos estava quase dando cabo do Sordado. Mas minhas flechadas combinadas com o medo que a coisa tinha da tocha do Joãoni foram suficientes para que ela fugisse.
Depois dessa rápida peleja nóis continuamo seguindo o mapa. Invadimo a cadeia e matamo alguns guardas que inocentemente estavam no lugar errado.
Saquiei os coitado e peguei a erva do diabo deles. Depois que eu fumei o treco deu um branco esquisito. So mi alembro de ter procurado pelo Padre em várias celas e dispois nois te achado o danado após abatermos o torturador. Que pra nossa surpresa nem humano era! Uma estranheza só!
Com o padre em nosso poder nós deixamos o lugar do mesmo jeito que entramo. Não do mesmo jeito porque o Joãoni resorveu sarva outros detentos. Uma muito mitida e uns outros pé rapados. Infim, nois deixamos o Padre na casa de um homi com uma geladeira cheia de guloseimas que eu fiz o favor de ajudar a consumir antes que a validade fosse perdida. Ele naum agradeceu minha gentileza e ainda não nos deu abrigo pelo detalhe da gente estar fedendo ( e no meu caso pingando) a esgoto.
Como bons mindigos que nois tava parecendo a gente começou a habitar uma casa que tava impedida por estar sendo engolida pelo rio. Nisso o sordado vortou onde tava o padre para buscar informação sobre oque fazer com a espada e eu fui nas tapeçaria locar atrás de informação sobre o tapete. Num achei nada mas tivi a idéia de buscar informação com a nobre que a gente tinha libertado. Mas pra isso eu tinha que convencer o grupo. Por sorte foi facim facim.. eles caíram que nem dois patos! Principalmente o Joãoni que tem a incrível capacidade de acreditar em tudo que lhe contam, mesmo tendo uma cara de desconfiado. Disse que caso encontrássemos o tapete todos nossos problemas acabariam. Bom pelo menos os meus sim e os deles por não precisarem mais me aturar hehhehehehe eu tava muito matuto nesse dia!
O Sordado vorto e o Padre disse que a espada tinha que ser escondida em lugar revestido de pedras. Resorvemo esconde o Tesaum das Bruxas no cemitério da igreja que eles já tinha revirado. Mas isso seria só no dia seguinte. Por hora eu precisava
entregar um guarda chuva para um rapaz que apareceu procurando por ele aqui na
nossa casa cai-num-cai.Mas fica tranquila meu bem. Já já eu dou fim nesse tal de rei doido antes que ele pense em fazer alguma coisa com algum erfo!
As fotos que não estão mais aqui foram apagadas por algum motivo bobo que não consigo compreender. O ser humano é fascinante não?