segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

- UNIVERSO DE ARTUEN -
MARCUS, o MANTÍCORA

Sei lá.. dizem que a gente vê a vida passar diante de nossos olhos quando morremos. Mas quando eu morri não vi nada além de um branco. Seguido de um preto. Branco de novo e dor.. MUITA DOR! Uma dor de ossos sendo recolocados, de carne nascendo... de coração batendo pela primeira vez. Chorei como um bebe. Quando abri meus olhos estava em um descampado rochoso. O céu era vermelho e em volta de mim vi altas montanhas forradas de arvores negras e retorcidas. Estava nu e desamparado. Mesmo assim consegui me recompor. Andei alguns metros e sentei em uma pedra pra refletir. Seria esse o inferno? Os demônios e o anjo caído haviam me mandado para o inferno? Provavelmente. Mas porquê? Oque eu havia feito de errado em vida? Não consigo compreender. Talvez voces possam me ajudar a entender.

Eu nasci de forma comum. Minha mãe deu a luz uma criança saudável com cauda de escorpião. Bizarrice essa que os médicos fizeram o favor de cortar e nem mostrar para ela. Graças a isso tive uma infância normal. Se é que você acha normal minha mãe sempre ser chamada no pré porque eu havia mordido alguma criança ou professor. Desde pequeno era um hábito mais forte que eu. Eu gostva de morder. Nada mais apetitoso doque morder tenra carne.. deixar marcas na pele de outras pessoas. Mas quando fui ficando mais velho os remédios foram reprimindo meus impulsos. Graças a eles eu consegui me formar como físico e aos 27 anos começar a dar aula em uma conceituda faculdade federal localizada em um periferia de São Paulo. Eu era um bom professor de física. Acreditava nisso e ia seguindo minha vida regrada e medicada.

Até o dia em que minha mãe faleceu. Naquele dia eu me senti só e decidi andar com minhas proprias pernas abandonando os remédios. E até que foi uma decisão acertada sabe? Graças a isso eu consegui ter coragem e chegar no filho da vizinha. Um belo menino de 10 anos. Um rapaz muito bonito que eu facilmente convenci a ir em meu sobrado com a promessa de jogar videogame. Ele foi meu primeiro e em homenagem a isso conservei sua cabeça em um pote em minha geladeira. Além de morde-lo inteiro eu consegui ir mais longe e arranquei deliciosos pedaços. Ele gritou a beça sabe? Para silencia-lo o engasguei afundando sua lingua em sua propria garganta. Foi uma bela sujeira. Mas ao longo do tempo e conforme eu ia aumentando meu numero de amigos eu percebi que guardar pedaços para morder mais tarde era perigoso. Por isso eu aluguei algumas casas em favelas sem documentação e guardava meus troféus nelas. E por favor não venha me chamar de canibal! Isso é preconceito de sua parte! Eu apenas mordia e arrnacava pedaços... eu nunca os engolia. Pra mim era como se fosse uma goma de mascar.

Obsessivamente eu ia guardando as cabeças nas casas alugadas. Infelizmente algumas dessas casas foram descobertas e a policia começou a me procurar. Nada que incomodasase muito sabe? Eles não eram páreo para mim. Por parar de tomar os remédios e por não fugir de minha verdadeira natureza eu comecei a mudar. Meu corpo se tornou forte e por debaixo de minha pele eu podia sentir um exoesqueleto. Quando eu desejava em minha costas brotavam asas enormes de morcego que me permitiam voar! Era muito bom voar livre e sem preocupaçõs. Meus dentes se toranaram semelhantes aos de tubarões e meus olhos inteiramente negros como o carvão. Ainda bem que eu podia esconde-los com lentes. A barba crescia em uma velocidade espantosas assim como muitos pelos em meu corpo... eu tinha um certo aspecto leonino até. Mas graças a cera quente eu conseguia esconder isso. Ah! E a minha cauda de escorpião voltou a crescer firme e potente.

A rotina era boa. Eu fazia amiguinhos, os mordia, guardava alguns pedaços para morder mais tarde. Dava aula, assistia algumas gravações que eu fazia de quando eu os mordia. Era bom. Eu até tinha pego uma menina de rua para cuidar! Eu cuidava mesmo! O unico pedaço que eu arrancara foi sua lingua porque ela gritava demais. Deixava ela em uma gaiolinha e a mordia de vez em quando. Mantendo ela sempre viva e fresca e sem as drogas que ela consumia. Afinal drogas fazem mal. Essas crianças não entendem isso. Enfim, foram 3 anos maravilhosos.

Com o tempo eu também descobri que existiam outros como eu na cidade. Outros que nasceram normalmente mas que com o tempo ser tornaram especiais. Eles sempre me assustaram sabe? Me assustavam porque me prejulgavam como um monstro sem coração. Como se eles mesmos não fossem mosntros. tanto que eu fiz um mapa da cidade e guardei em minha casa. Nesse mapa eu coloquei a localização de todas as aberrações da cidade que podiam me dar trabalho e ameaçar minha pacata existência.

Mas os demônios vieram a até mim, pensei que me ajudariam a eliminar meus concorrentes monstruosos, mas eles me trairam e me mandaram para cá. Não entendo, se eram demonios, porque me puniram por eu apenas estar sendo eu mesmo? Por eu estar sendo, como descrito na mitologia, uma manticora devoradora de inocencia? Só posso culpar o preconceito. Afinal eu nada havia feito a eles.

1 comentários:

Anônimo disse...

uhuhuhuhuhuhuhu =D
que coisa, mesmo assim não fiquei com dó xD Tinha que morrer mesmo =D