quarta-feira, 27 de abril de 2011

A Guerra dos Tronos - Livro e Série (HBO)

Não é possível falar da série, que acabou de estreiar nos EUA pela HBO, sem falar do livro no qual ela foi inspirada. No momento você deve estar se perguntando se vale a pena ler o livro. Para ajuda-lo nessa decisão damos essa pequena critíca.
Há uns dois anos atrás a onda vampiresca, que surge de tempos em tempos, voltou com força total, era um tal de Crepúsculo pra cá, vampiro brilhando no sol pra lá... mas o que me chamou a atenção mesmo foi True Blood, a incrível série da HBO baseada nos livros de Charlaine Harris que trouxe alguma moral e alguma novidade ao tema. Os livros de CH já tinham sido lançados desde 2001, mas a série de TV fez os livros bombarem e o mundo inteiro finalmente conheceu Charlaine e sua obra.
Agora em 2011 a HBO faz algo parecido, e com uma série a meu ver, incrivelmente melhor: a saga As Crônicas de gelo e Fogo, de George R. R. Martin. A série de livros (sim série, hoje em dia nada fica sem continuação) já vendeu mais de sete milhões de exemplares, ganhou vários prêmios e concorreu a tantos outros e agora com o lançamento da série está tomando o mundo de assalto. Não duvide, eu ainda não li os livros, mas só pelo primeiro capitulo da série eu já fiquei fascinado pela história.
O primeiro livro recebeu aqui o titulo de A Guerra dos Tronos e a saga foi nomeada As Crônicas de Gelo e Fogo, a história transcorre num mundo parecido com o nosso mundo como foi na idade média, até mesmo com um sistema parecido de vassalagem e senhoria, mas em Westeros (continente principal desta terra) já houveram dragões e outros seres mágicos e não menos assustadores e o clima, o inverno quando resolve aparecer pode durar anos sem cessar.
Começamos acompanhando a história da família Stark senhores das terras de Winterfell ao norte do continente, Ned Stark, senhor da família Stark recebe um convite e um apelo do atual rei e seu antigo amigo de batalha Robert Baratheon a deixar a vida que ama nas terras frias do norte para ser A Mão do Rei, espécie de conselheiro e suplente real, substituindo seu amigo Jon Arryn, que foi um tipo de tutor de Ned e do Rei e morreu em circunstâncias suspeitas. 
Pouco a pouco também acompanhamos a história dos últimos descendentes da família Targaryen, família que governava anteriormente e que foi destronada e massacrada por Robert Baratheon conhecido como O usurpador, e aos poucos vamos entendendo o que realmente aconteceu. 
O que Ned não sabe é que a corte esta cercada de intrigas e traições, cada família querendo seu naco de poder e que apesar da pouca chance que tem de recusar, sua vida depois disso jamais será a mesma, guerras serão travadas, traições cometidas e o mundo mudará pois “na guerra dos tronos, ou se ganha ou se morre”.
Não dá pra contar muito da história sem soltar spoilers, mas o que você pode saber antes e que pode te empolgar:
Martin escreveu até agora 4 livros, está prestes a publicar o 5 e faltam 2 para completar sua saga, mas não desanime por isso, a qualidade não caiu como em outras sagas e as premiações só vem aumentando.
O livro é gigante: 592 páginas e uma fonte menor que o normal (que pra mim não atrapalha em nada a leitura), mas não se assuste, a editora LeYa apostou num papel com tratamento bacana que deixou o livro assustadoramente mais leve que o normal.
Apesar das comparações com Senhor dos Anéis e Harry Potter, Martin escreve um texto diferente, não tão focado no cenário e no mundo ao seu redor quanto Senhor dos Anéis e nem tão ingênuo quanto Harry Potter (aliás ingenuidade ali passou longe, sexo, sangue e violência não faltam, mas com estilo). Particularmente me lembrou dos bons livros de Sidney Sheldon, personagens simples lidando com as tragédias de situações maiores que eles.
A série da HBO tem um orçamento de aproximadamente 60 milhões de dólares, e tem em seu elenco Sean Benn (o Boromir de Senhor dos Anéis) como Ned Stark, Jason Mamoa (o novo Conan nos cinemas) como Khal Drogo, Lena Headey de Terminator como a rainha Cersei Lannister e Peter Dinklage como Tyrion Lannister entre outros atores de peso.
A narrativa da série é ágil e apesar de lidar com vários personagens ao mesmo tempo, usa um artifício interessante e que me lembra a estrutura usada em Lost, cada cena é pequena e contada sob a ótica de um personagem, mas a linha do tempo se mantém e continua avançando, nos dando assim a possibilidade de acompanhar os resultados das ações dos personagens nas visões de cada um e a chance, assim como Lost, de você escolher seus favoritos.
Eu sinceramente não esperava muito da história até ver o primeiro episódio e me informar mais sobre a obra. Posso disser que fiquei impressionado e animado para me aprofundar ainda mais nesse universo. E só um aviso: se prepare para “altas” e “impactantes” emoções no fim do primeiro episódio. Um final bem inesperado ao meu ver.

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